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PALAVRAS Contos de uma flama infinita |
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sábado, julho 20, 2002 5:47 da tarde. De todas as esculturas que fiz, Elen é a mais bonita. É formosa, tal qual a Vênus de Milo. E o melhor, não tem gavetas. A figura de Elen está em exposição no museu do Açougue Riomar, bem perto da minha casa. Não é fácil para mim, vê-la atrás de um balcão atendendo clientes mal educados, que nem ao menos reparam na sua beleza. É muito triste vê-la entre postas de carne, sebo e miúdos, cortando-se na faca afiada ao som dos berros do patrão e dos protestos dos fregueses. Mas o que mais me entristece é vê-la trajando aquele jaleco branco manchado de sangue e salpicos de sangue em sua face rosada. Elen está derretendo. Não sei como reverter esse processo. Sim, a criei, mas continuo sem saber como curá-la. Ele me disse: “Faz alguma coisa, meu bem, porque ainda amo você.” Hoje a procuro entre carcaças, víceras bovinas sem o menor sucesso, chance de encontrá-la. Os cupins invadiram minha casa. Atacaram a estrutura de madeira que sustentava a minha escultura que logo veio abaixo. Encontrei um bilhete ao lado do cadáver de Elen, justificando o suicídio. Julio Costello 5:46 da tarde. Lembro-me de uma crônica da Clarice Lispector chamada As três experiências que falava sobre a necessidade de escrever. É um texto muito bonito e com aquele humanismo impressionista característico da autora. Outra vez, impressionou-me um trecho de A paixão segundo GH: “Dá-me tua mão: Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre foi a minha busca cega e secreta. De como entrei naquilo que existe entre o número um e o número dois, de como vi a linha de mistério e fogo, e que é linha sub-reptícia. Entre duas notas de música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois grãos de arei por mais juntos que estejam existe um intervalo de espaço, existe um sentir que é entre o sentir”. Talvez ainda não tenha entendido nada do que Clarice escreveu – não fui Clarice o suficiente para entender. Escrever é algo tão estranho, legado por alguma maldição ou por dom supremo, ou mesmo uma droga. Não há prazer. Vaidade? É possível. Pretensão? Certamente. Frustra bastante pensar que mensagem que escreves não será interpretada nem por ti mesmo. Não falo de psicografia, mas de um movimento involuntário de tua essência, daquilo que queres fugir, mas que a folha de papel, a ti exige. As paixões rondam o universo de quem escreve. É tanto amor que às vezes coagula ao contato com o oxigênio. É tanto ódio que flores murcham a sua presença. Dói o peito. A angústia cresce. Clarice sabia disso, sentia. Talvez, a grande experiência, para mim, seja estar por aí, a achar-me importante a ponto de levar-me a sério. Vou fingindo que escrevo, vou fingindo que sei muita coisa, a entrar num processo de autofagia infinita, mas como se eu nunca esmorecesse e ficasse gravado em tua cabeça, leitor – em teu coração. Julio Costello 5:45 da tarde. Destruição. Venenos. Varais. Cordas para enforcar. Ossos partidos, corações também. As onças do ouro. O verde dos olhos. Destruição. Maurício destila sua revolta nos versos acima. É um estúpido. Metido a escritorzinho, escrupuloso. Já li muitas histórias escritas por este facínora, e nenhuma delas me agradou. Ele é muito elogiado, mas desconfio que os elogios que colhe são frutos da incapacidade de julgamento por parte dos "críticos" que rondam conqueteis literários ou um pseudo-sarau. Joguei lama em Maurício. Ele não gosta de mim. Leu algum dos meus textos e disse que eram vagos e pretensiosos. Que filho da puta! Não escreve porra nenhuma e ainda quer depreciar minha literatura. Foda-se canalha! Ele tem 5 livros publicados. E aposto que não vendeu 30 exemplares de cada um. Eu tenho projetos, um deles é a morte de Maurício. Outro a publicação de uma obra que soterre qualquer elogio recebido por aquele desgraçado. Qual dos dois realizo primeiro? Julio Costello 5:44 da tarde. Todas as manhãs têm sido assim. São chatas, longas e frias. Não suporto mais. Estou colhendo flores para um funeral. Se talvez, me lembrasse de você, mas tenho apenas uma vaga neblina sensual, uma fumaça de sua imagem. É duro me ferir meus dedos nos espinhos destas rosas. Como as odeio. Esse carmesim sórdido. Estas pétalas fartas de orvalho, sinistro, sinistro. O cheiro da terra me enjoa, mas estou confinado a viver assim, e nada pode me tirar daqui. A variedade de cores confunde minha visão, os obtusos instrumentos são pesados e uma fina dor no peito – angina?- ameaça me matar. Ontem matei três morcegos que repousavam nas vigas da casa. Fiquei com pena, depois os fritei e comi. A digestão foi difícil – sentia uma enorme raiva – raiva de ter que me alimentar de radares que sempre invejei e agora se dissolviam no meu estômago – logo depois os cagaria. Alguns insetos não me agradam. As moscas, insetos dípteros, querem sempre dividir minha comida. Já não bastam minhas fezes? Abelhas são violentas e vingativas – não entendem quando tento roubar os favos de mel e me atacam – umas cinco. Ferrões cravejados nas costas, rosto (pareço um japonês), braços e pernas. Um dia um vizinho me aparece e pergunta: — Quanto cobras por um ramalhete de flores? — 300 reais. — O quê? De que são feitas, de ouro? — Não, são flores, órgãos reprodutores de uma planta, formando um conjunto de cores vivas e brilhantes e, por vezes, de odor agradável. Não achas que 300 reais ainda é pouco? Terei que castrar muitas plantas para teu ramalhete. — Muito obrigado, enfie tuas flores no cu. Fiquei sem palavras. Estava tão cansado neste dia, não fiquei ofendido. Mas se tivesse revidado diria “limpe o rabo com seus 300 reais”. Estou deixando muita coisa de lado. Você foi a primeira. Meus amigos a segunda. Tentei até me livrar da bebida. Nada me consola. As cordas do meu violão estão quebradas – não sei tocar mesmo. Capturei vinte e cinco pássaros com uma gaiola improvisada. O filho da puta do gato comeu cinco, mas vinguei-me do canalha, amarrei-o ao pé da mesa e dei tanta chicotada – miava bonito. Fui dormir e tive um pesadelo. Sonhava com tigres, leões e outros felinos dilacerando-me e com a rotina de colher mais flores para futuros funerais. Julio Costello 5:44 da tarde. Era tristeza, uma manhã triste e feia. Era frio, cinza e Mariana não estava aqui. O corpanzil onde me fartava está distante. Querido coração. Por que me abandonaste? Sabias que eu não podia caminhar sem o seu sustentáculo. Sabias que não viveria sorrindo apertado, soberbo contra o meu débil estado. Agora é tudo silêncio. Calmo? Plácido? Não. Atordoante. Silêncio: passos no corredor. O coração vibra com a expectativa que seja Mariana. Não é. O telefone toca. Corro para atendê-lo. É Mariana. Recita-me um poema: As estrelas estão em coluio A fazer cópulas celestiais A esperar que façamos o mesmo. Um cometa sinaliza o gozo supremo, estamos a nos fartar de prazer. Isso aquece o meu coração, digo: "Mariana, volta" Com a resposta a manhã continuou fria, cinza e feia, mas meu coração emitia raios de luz capaz de ensolarar essa paisagem. Tinha um sol no meu coração. Julio Costello 5:42 da tarde. Eu ainda era um menino quando descobri coisas que machucam e ferem e costumam atingir a superfície. Coisas que deveriam ter seu devido tempo, mas que de maneira ruidosa mostrou uma face cruel da vida. Do lugar de onde vim trouxe sapos e lagartos, legumes e desfeitas para construir algo de novo nessa cidade que escolhi. Era um lugar tosco, árido, seco – assim como as almas que secam cálidas de um oásis e se confundem com as visagens. Como em outros tempos tive que me reerguer construindo meu mundo, a habilidade que não tinha teve que se mostrar. Mas, ainda sim, sem o riso da sorte, moldei tijolos e inventei, de maneira insolente, um escudo protetor de todas as minhas vontades. Sem perceber elaborei lições complicadas, nem eu mesmo sabia resolvê-las, mas pude aprender com elas que os labirintos, apesar de cruéis, são necessários para melhorar os reflexos, não a reflexão. Era fim de maio quando conheci minha mulher. Sílvia era o seu nome. Nosso controvertido idílio gerou muitas facções, dividindo as opiniões dos reacionários, conservadores, populistas, comunistas, guerrilheiros e integrantes da orquestra sinfônica de Berlim. Não ficamos preocupados com as querelas. O que realmente importava era o que sentíamos no momento. Sílvia está morta, mas lembro-me de sua imagem, sua placidez ao morrer. Não gemeu muito, minhas mãos estavam firmes no seu pescoço, nem soluçou. Ainda dei-lhe um beijo antes de fugir Julio Costello 5:41 da tarde. Sr. Romualdo, dono do botequim da esquina flagra sua mulher trepando com outro. No momento, enlouquecido, decide matá-los (ambos) a tiros e coronhadas. Foi detido, o que não impediu que fosse ridicularizado pelos companheiros de cela. Irado, retirou a peixeira que escondia amarrada na perna sangrando três companheiros que feneceram em instantes. A guarda alertada sobre os novos homicídios, resolveu isolá-lo de forma especial, como se fosse um “doutor” Romualdo. O mesmo, sacou do canivete que escondia debaixo da axila ferindo mortalmente o guarda que o acompanhava até a nova cela. Como viu boa situação, saiu pelas portas da cadeia, sem que ninguém percebesse de imediato. Três dias depois encontraram morto Zezinho, ajudante de Sr. Romualdo no botequim. Os outros amantes amedrontados, escutando sobressaltados, decidiram fugir pela mata, sendo atacados por cobras, lagartos venenosos e porcos selvagens. Sr. Romualdo, foragido, pôde assim desfrutar da liberdade vingando-se de quem transpusesse o seu caminho - seu leito conjugal: sua alcova devassada pela freguesia. Descansando à sombra de um ipê-roxo, Sr. Romualdo pensou na vida e nas coisas de outrora. Avaliou que quando solteiro não tivera os mesmos infortúnios de casado. Pensava, agora, que talvez pudesse ser mais feliz. Não precisaria ouvir os flatos apoteóticos e os queixumes de sua esposa, que agora descansava em paz no jazigo da família, no cemitério local. Mudaria de cidade, lugar onde ninguém o conhecesse, trabalharia como operário, camelô, mascate, pai-de-santo-de-praça, raizeiro, vendedor de fumos. Não, não apelemos para o lugar-comum, seria cômodo pensar assim. Sr. Romualdo decidiu assaltar o caixa de seu botequim interditado, levando o cartão magnético de um banco qualquer. Dois anos depois, Sr. Romualdo encontra-se instalado na capital. É um próspero comerciante e continua solteiro. Só que existe a Vandinha, que todas as noites vem visitá-lo. Não precisou matar mais ninguém. Encontra-se satisfeito e feliz da vida. Não se arrepende do que fez. Julio Costello 5:40 da tarde. Começo esta narrativa dizendo que odeio carnaval. É por ele e com ele que planejo todo o meu percurso de asco e repulsa. Hoje penso que ele é um martírio fascista que anualmente assola o território brasileiro. A Marquês de Sapucaí é o ápice, o termo da glória mais horripilante desse povo infecto, o cariocabrasileiro. Distribuí bombas à sorte, meticulosamente meti-me em acabar com a festa fazendo de um clichê, uma obra prima da originalidade. É banal tentar convencer-me que tudo o que penso é oco: destruir as arquibancadas, incendiar os salões esmagar os blocos que aterrissam Bahia, Rio, São Paulo - O último carnaval de luz. 1º dia: estudei todo o fevereiro carnaval, as estruturas de todos os palcos e os enchi de explosivos. Posso afirmar que a marquês será incinerada. Aqui onde a terra brota o mais fino halo, ouço suspiro de agonias futuras. 2º dia: digo com alegria que era desfile. As escolas de samba mostravam todo o seu ardor, sua pesquisa - meu amor - esguio e comumente exclusivo dediquei-me a acionar os explosivos. Houve um barulho apocalíptico: vi cabeças de passistas e porta-bandeiras voando pelo ares, arquibancadas em chamas, corpos seminus correndo de encontro à morte, uma porta bandeira gritava alucinadamente por socorro enquanto a glória de seu estandarte não era nada mais do que um facho de luz, o plasma, fogo, um circo de horrores que Dante jamais ousou divinocomediar. A seguir visitei os salões privados: foram cercados e incendiados por combustível, dinamites explodiram, os confetes e as serpentinas conduziam rapidamente o fogo. Vi muitas putas, cornos e veados derretendo no calor da alegria. Honremos o carnaval do Brasil. Julio Costello 5:39 da tarde. Após despertar de um cansativo sono, Raquel econtrou-se impregnada de um perfume suave que inundava a atmosfera do seu quarto. Um perfume tão sensual que os cães embevecidos uivaram nos arredores de sua casa. Ao levantar-se da cama observou pela janela, uma atmosfera convertida em cores múltiplas, sentiu-se no interior de uma delas, abriu a porta do quarto e deparou-se com um abismo: a casa estava fragmentada, sem comunicação com a outra metade. O grito de Raquel não ecoou no abismo, não conseguiu acordar os pais que dormiam um sono de pedra, não mais existindo. Mirava novamente o olhar pela janela – vertigem - via mil estrelas dançando, um balé cósmico. Dois cometas giravam em sentido oposto um do outro até se chocarem formando cores inimagináveis. Raquel sentia ânsia de vômito. Descobriu o telefone na cômoda ao lado da cama, chamou novamente os pais, a ligação foi prontamente atendida: vozes descompassadas, o som de um ambiente repleto de convivas bêbados e uma valsa com andamento alterado, nenhuma voz familiar. Não falou com os pais, (nervosa) ao desligar o aparelho, foi surpreendida pelo toque do mesmo: som lúgubre da valsa e a polifonia dos bêbados. Pousou o fone no gancho. Raquel decidiu abrir a janela e grita por socorro. Quando o fez, percebeu um homem fitando-a na calçada. Ela não o reconheceu. Percebeu o sorriso. O desconhecido escalou o muro da casa, e depois, através janela aberta, olhou fixamente para Raquel e como por encantamento, entrou no quarto da moça. Raquel tentou gritar – ele gesticulou um sinal de silêncio - ela compreende e não o faz. O homem diz chamar-se Samuel, o santo. Deseja que ela escreva o que ele tem a dizer. Raquel obedece e espera solícita pelas palavras do santo. Existem bombas a serem explodidas na cidade vizinha. Eu as coloquei sem compaixão, se tens amigos ou familiares pode lamentar-se ao amanhecer. Mas porque fizestes isso? Se és santo deveria desarmar bombas. Sou um anjo exterminador e, por favor, escreva meus apontamentos: vi a terra como celeiro abundante de moribundos. Infeliz e cerceando os ossos, impingindo chagas no seio da terra, fingi ser arauto da liberdade. Inconformado com o meu despreparo parto para um trabalho mais sujo. Ao retirar os olhos da folha de papel onde concluíra a última frase, Raquel mirou o semblante triste dos olhos de Samuel que num piscar de transformou-se em outro homem que dizia chamar-se Carlos. Nem preciso dizer-lhe ao que vim. Continue anotando: sua casa está partida ao meio. Foi obra minha, um belo trabalho. Se sozinha, agora estás, é para que percebas o exílio eterno do universo, a solidão vinda dos astros de outras eras. O meu trabalho consiste em dividir pensamentos, criar dúvidas, assegurar a falta, restringir a liberdade e a harmonia dos ruminantes - como os da vossa casa. Não percebo o porquê de tanta revolta, o espaço é bom e favorável. Se não fosse pela presença de Samuel e Carlos, seria essa a mais bela noite já vivida. Sou agora Rafael. Percebes o perfume que exala de teu corpo, eu transformei o seu suor. Isso a distinguirá de todas. Não sei se será motivo para contendas, tristeza. Tornei-me santo, abdicando todos os prazeres vividos. Os olhos rasos, finalidades d’água. É o fim, revoltas... Raquel anotou tudo o que os santos falaram. Rafael desapareceu, deixando uma mancha cinza no teto. Raquel adormeceu. Trinta e oito horas depois o dia amanhece. A atmosfera volta ao normal e nenhum vestígio do perfume. A casa continua distante, e ao telefonar para a outra metade, Raquel ouve apenas o ruído da valsa que chega ao fim e os e os riscos do disco de vinil, sem grandes preocupações. Não se lamentou e descobriu que havia um belo argumento para continuar os escritos. Julio Costello 5:38 da tarde. Olá meus caros amigos, Está será a minha provisória página para a divulgação dos contos que escrevo. A história abaixo constará de meu primeiro livro, a ser publicado, A Vida no Exílio Após a Abdicação. Um abraço, e espero que odeiem ou amem. Faz mais de um ano que eu senti saudades, faz mais de um ano que senti muitas coisas, faz mais de um ano que eu sabia alguma coisa, faz mais de um ano que aprendi a viver, faz mais de um ano que não durmo, faz mais de um ano que não sou o mesmo. Anos de solidão e juramento. Nunca pensarias em mais nada sobre minha pessoa? Impessoalidade, formalismo. Levas uma vida estrutural e tão doce de cruel? Rose já não mora mais aqui e faz mais de um ano que não sinto sua falta. A escuridão toma todos estes quartos. Com minha lente de infra-vermelhos posso encontrar no escuro o que tinha perdido. Faz mais de um ano que não encontro nada neste quarto. Hoje a noite vemos a lua. Eu e você. Eu no meu cativeiro. Você no seu. Estamos assim unidos por essa mania de querer fazer sentido, sem agradecer o fato de termos evoluídos até o momento. Eu sou comum, uma víbora que localiza suas presas através do calor, igual menino ansioso para olhar debaixo da cama, igual a menina que beija a foto, igual o rato que come as sobras. Vazio. Vazio. Vazio. Configuras o vazio e este vácuo que ensaca minha alma? Alma? Luz bruxuleante, contexto repetitivo de textos intimistas. Sejamos diretos: o que que te moves? O que desejas do mundo nos textos? "São meses chorando, sempre ao lado do telefone. Ele não chama. Então discas 109, ele toca repetidas vezes. Olhas para o telefone e insistente declaras sua pouca vontade, esnobismo até em atendê-lo. Não sou quem procuras". Rose pensava assim quando deixou esta casa, estes móveis, deixou todos este motivos. Foi para outro cativeiro. Exilou-se. A estrelas sabem que não sinto nada. Faz mais de um ano que perdi. Sinto apenas que quero ouvir sons de um quarteto de cordas, vocais etéreos para fazer sentido a estes dias - anestesiado, sem raiva, rusgas e extremos. Julio Costello |
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