PALAVRAS
Contos de uma flama infinita

segunda-feira, março 03, 2003

9:30 da tarde.

Noturno, trivial passeio


Estou no patamar esperando que minha namorada chegue. Não gosto dela tanto quanto gosto de mim. Suzana é o seu nome. Sei que está comigo porque tenho um belo carro, amigos influentes, casa e situação econômica confortáveis.

Ela é um tanto fútil. Gosta de olhares furtivos e sempre procura, ao seu redor, avistar alguém que possa me substituir. Alguém que valha o quanto pese.

Natália visita-me com freqüência, e de meus amores falo pouco. Tenho uma biografia sentimental bastante confusa - às vezes, escondido, ligo para Carmem.

Carmem! Grito ao encontrá-la. Sinto uma felicidade um pouco fugaz, assim como um champanhe perde suas propriedades ao descanso olvidado - que, ao ser tragado, rememora o fel da situação.

Carmem, Natália e Suzana. Três nomes que não trazem muita inspiração, nada mais que inúteis linhas perdidas na escuridão deste automóvel ou na luz que poderia suscitar felicidade se eu não tivesse tantos inimigos.


Julio Costello



9:29 da tarde.
Glori


Sandra, contenta-te com o pouco que Deus oferece. Pensa que todo instante é único,
necessitas da redenção.

Segue teu caminho procurando limpá-lo em todos os cantos. Partilha tua vida com marido e
filhos... e, se não os possuir, encontre a caridade.

Sandra, escolha melhor conselheiro. Não seja tentada pelo infortúnio ou por mim.
Julio Costello

Correio 1
Julio

Correio 2
Diego




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